Horário de Ponta e Fora de Ponta: impactos na sua conta de luz

O aumento na conta de luz tem se tornado cada vez mais frequente, e é importante entender como os horários de pico e fora de ponta impactam a conta de energia. Para compreender melhor como esses horários afetam a conta, especialmente para consumidores de alta tensão (Grupo A, com demanda contratada), é essencial entender os conceitos de demanda e consumo. Antes de nos aprofundarmos, vamos relembrar o que significam esses termos.

Qual a diferença entre demanda e consumo de energia?

Entender a diferença entre demanda e consumo é uma das maiores dificuldades ao analisar a conta de energia.

Demanda de Potência: Imagine que você tem um carro que precisa de 1000 watts (ou 1 quilowatt) para funcionar. Quando você acelera o carro, o motor exige uma quantidade específica de potência para acelerar rapidamente, o que pode ser comparado à demanda de potência. Se você acelerar o carro a toda potência, a demanda de potência é alta, porque você está usando uma grande quantidade de energia em um curto período de tempo.

Consumo de Energia: Agora, imagine que você usa o carro para fazer uma viagem de 100 quilômetros. O consumo de energia é equivalente à quantidade total de energia que o carro usa durante toda a viagem. Se o carro consome 1 kWh para cada 10 quilômetros, então, para a viagem de 100 quilômetros, o consumo total seria de 10 kWh.

Então, enquanto a demanda de potência é sobre a quantidade de energia que o carro precisa em um instante específico (como acelerar), o consumo de energia é sobre a quantidade total de energia usada ao longo de um período de tempo (como a distância total percorrida durante a viagem).

Horário de Ponta e Fora de Ponta

Agora que relembramos a diferença entre demanda e consumo, vamos ao assunto principal: o horário de ponta, também conhecido como horário de pico.

Horário de Ponta: Refere-se ao período do dia em que a demanda no sistema interligado nacional é historicamente mais alta, geralmente durante três horas consecutivas entre 17h e 21h. Esse período coincide com o horário em que as pessoas voltam para casa e começam a utilizar mais aparelhos elétricos, como chuveiros, televisores e outros eletrodomésticos.

Horário Fora de Ponta: Refere-se ao restante do dia, fora do horário de ponta, que inclui as madrugadas, as manhãs e as tardes, bem como finais de semana e feriados. Durante esses períodos, a demanda no sistema é menor, e, portanto, as tarifas de energia são geralmente mais baixas em comparação com o horário de ponta.

O impacto do horário de ponta é especialmente significativo para consumidores de alta tensão (Grupo A), pois a tarifa durante esse período pode ser até três vezes maior do que no horário fora de ponta. No entanto, essa variação de tarifa pode diferir entre as distribuidoras.

Relação entre Horário de Ponta e Enquadramento Tarifário

Agora chegamos à parte crucial: a escolha do enquadramento tarifário, que só pode ser adequadamente feita após entender as diferenças entre consumo e demanda, a Demanda Contratada e os custos diferenciados do horário de ponta. A tarifa horosazonal é uma escolha estratégica e deve ser alinhada à situação específica da sua empresa ou indústria para evitar gastos excessivos ou a contratação de demanda além ou aquém do necessário.

Existem duas opções principais no mercado:

Tarifa Horosazonal Azul: Caracterizada por tarifas diferenciadas para o consumo de energia elétrica e demanda de potência, conforme as horas de utilização (ponta e fora de ponta). Nesta modalidade, os consumidores têm duas tarifas diferentes para demanda e duas para consumo, dependendo do horário de uso.

Tarifa Horosazonal Verde: Caracterizada por tarifas diferenciadas para o consumo de energia elétrica, conforme as horas de utilização, e uma única tarifa para a demanda de potência. Nesta modalidade, os consumidores têm duas tarifas diferentes para consumo, dependendo do horário, e uma tarifa única para demanda.

Escolher a tarifa correta é fundamental para otimizar custos e garantir que a sua empresa não pague mais do que o necessário pela energia consumida.

Impacto e Estratégias 

Os horários de ponta e fora de ponta impactam diretamente a conta de luz, com tarifas mais elevadas no horário de ponta (geralmente entre 17h e 21h), o que pode aumentar significativamente os custos operacionais das empresas. Para mitigar esses custos, é essencial que as empresas planejem seu consumo energético para horários fora de ponta, onde as tarifas são mais baixas, e considerem a migração para o Mercado Livre de Energia, onde é possível negociar contratos com preços que não dependem dos horários de consumo.

No Mercado Livre, o preço da energia é negociado diretamente entre o consumidor e os fornecedores, o que significa que você pode optar por contratos onde o valor da energia não depende do horário de consumo, seja ele de ponta ou fora de ponta. Isso oferece uma vantagem significativa em comparação ao mercado regulado, onde as tarifas variam conforme a demanda do sistema, especialmente durante os horários de pico.

Para explorar as melhores opções para a sua empresa e otimizar seus custos com energia, converse com um consultor especialista da G2. Eles poderão ajudar a avaliar a situação específica da sua empresa, escolher o enquadramento tarifário adequado e explorar as oportunidades no Mercado Livre de Energia.

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