Bandeira Vermelha e Curtailment: coincidência ou falta de planejamento?

Neste mês de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) acionou a bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica, justificando a necessidade de aumentar o despacho de usinas térmicas — uma medida que, inevitavelmente, eleva o custo de geração. Ao mesmo tempo, observamos um aumento na prática do curtailment, que consiste na redução ou corte na geração de energia renovável (principalmente solar e eólica). Esse cenário levanta uma questão importante: como podem ocorrer simultaneamente uma bandeira tarifária mais cara e a limitação na geração de fontes renováveis, que têm custo de produção mais baixo?

Existem fatores que explicam essa aparente contradição, sendo eles a rápida expansão das energias renováveis e a falta de aproveitamento de tecnologias que poderiam suavizar essa transição.

1. Expansão da Energia Renovável e Limitações na Transmissão

Com o aumento significativo da capacidade de geração renovável — especialmente solar e eólica, que não são despacháveis — surgem desafios em relação à transmissão dessa energia para os centros de consumo. Em muitos casos, a geração excede a demanda local ou a capacidade da rede de transmissão, causando a prática do curtailment. Isso significa que, mesmo tendo capacidade de gerar eletricidade de fontes renováveis, essas usinas não conseguem enviar sua produção para o sistema, desperdiçando recursos.

No entanto, o problema não pode ser resolvido apenas com a construção de novas linhas de transmissão. Embora essa seja uma parte da solução, o fato é que essas redes poderiam acabar subutilizadas em outros períodos, gerando mais custos do que benefícios. Além disso, há momentos do dia, como o pico de consumo entre 18h e 21h, em que a energia renovável não é suficiente para atender à demanda, forçando o acionamento de usinas térmicas.

2. Não Aproveitamento das Tecnologias de Armazenamento

Outro ponto relevante é a subutilização de tecnologias de armazenamento de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). O armazenamento poderia ajudar a armazenar o excesso de geração renovável em horários de menor consumo e disponibilizá-la nos momentos de pico, reduzindo a dependência das térmicas. No entanto, o uso dessas tecnologias ainda é limitado no Brasil, o que contribui tanto para o aumento da prática do curtailment quanto para a necessidade de bandeiras tarifárias mais elevadas.

3. Desafios na Integração de Fontes Diversificadas

A integração de diversas fontes de energia no SIN exige um planejamento coordenado e investimentos em infraestrutura que promovam flexibilidade e resiliência ao sistema. A falta de mecanismos adequados para gestão dessas fontes pode causar um desequilíbrio entre oferta e demanda, forçando o sistema a recorrer a fontes de energia mais caras, como as térmicas. Sem uma integração eficiente, o potencial das fontes renováveis não é utilizado de maneira otimizada, o que agrava a prática do curtailment.

Soluções personalizadas para um futuro energético sustentável: a G2 Energia como sua parceira estratégica

O cenário que observamos em setembro, com bandeira vermelha e aumento do curtailment, não é meramente uma coincidência, mas sim reflexo de desafios complexos na gestão e planejamento do sistema elétrico brasileiro. A solução não está apenas em expandir a geração de energia renovável ou a rede de transmissão, mas também em aproveitar melhor as tecnologias de armazenamento e em criar um planejamento mais integrado.

Para mitigar esses problemas, é essencial investir em soluções tecnológicas avançadas, otimizar a infraestrutura existente e promover um planejamento mais sustentável. A G2 Energia atua como consultoria especializada no mercado de energia, oferecendo soluções personalizadas que ajudam empresas a navegarem por esses desafios, com foco na segurança das instalações elétricas, redução de custos e eficiência energética. Estamos prontos para ajudar sua empresa a se adaptar ao futuro energético do Brasil.

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